Os custos referem-se a três diferentes tecnologias, sendo milho Bt; milho Bt + RR
O analista da Embrapa Agropecuária Oeste, Alceu Richetti realizou um trabalho de análise econômica para auxiliar o produtor na apuração e avaliação dos resultados econômicos que podem ser obtidos em sua propriedade.
Para a realização da análise, “os preços dos fatores de produção e dos produtos, levantados no mês de novembro de 2019, foram usados para elaborar o custo de produção, estimar o grau de importância dos seus componentes e analisar a viabilidade econômica da cultura do milho na safrinha de 2020”, explica.
De acordo com o analista, os custos referem-se a três diferentes tecnologias, sendo milho Bt; milho Bt + RR; e milho convencional. Na análise constatou-se que “a soma de todos os componentes que compõem o custo total, para a safrinha de milho 2020, atinge R$ 2.256,31 por hectare com o milho Bt, R$ 2.329,58 com o milho Bt + RR e R$ 2.140,65 com o milho convencional. ”
Os fertilizantes impactam fortemente o custo total, correspondendo, em média, a 17,91%. Em segundo lugar, vem as sementes de milho, com 15,31%. Richetti salienta que também os custos administrativos (despesas com a gestão da propriedade e custos de comercialização da produção), neste trabalho correspondem, em média, a 17,06% do total. A remuneração dos fatores de produção (custo de oportunidade) sobre o capital empregado em máquinas, equipamentos e benfeitorias e a terra, também são levados em consideração.
De acordo com Richetti, considerando-se o preço de comercialização em um intervalo de R$ 21,34 a R$ 39,46, por saca de 60 kg, a produtividade necessária para pagar o custo de produção deve ficar entre 54,0 e 109,0 sacas por hectare. Por outro lado, se a produtividade variar entre 56,0 e 117,0 sacas por hectare, o preço mínimo de comercialização, para que o produtor não tenha perdas financeiras, deve ficar entre R$ 19,28 e R$ 38,23, por saca de 60 kg.
Fonte: Agrolinnk Por Aline Merladete