Na importação de carne de frango, China ocupa posição que pertencia ao Japão

Somadas às de Hong Kong, há algum tempo as importações da China fazem do mercado chinês o segundo maior importador da carne de frango brasileira, atrás apenas da Arábia Saudita. Mas agora a China, isoladamente, salta para o segundo lugar, ocupando espaço que, tradicionalmente, é ocupado pelo Japão.

Felizmente, essa substituição não decorre de queda nas importações japonesas – temor levantado a partir do anúncio, em 2015, de criação da Parceria Transpacífico (TPP na sigla em inglês), zona de livre comércio que reúne doze países, entre eles Japão e EUA. Pelo contrário, o volume exportado pelo Brasil para o Japão no quadrimestre aumentou quase 22%, gerando inclusive receita cambial positiva em relação aos quatro primeiros meses do ano passado.

Ou seja: se a China está subindo do quarto para o segundo posto é porque aumentou significativamente suas compras no corrente exercício, com índices de expansão no mínimo surpreendentes – adicional próximo de 68% no volume e incremento de mais de 43% na receita cambial.

Embora menores mas não menos significativos são os aumentos dos dois mais novos integrantes do quadro dos “10 mais”: Egito e Cingapura, cada um com aumento de volume superior a 30%, o que faz com que, pela primeira vez em 2016, a receita cambial gerada pelo grupo apresente resultado positivo em relação a 2015.

É verdade que os demais 115 países atendidos neste quadrimestre continuam gerando receita negativa. Mas como respondem por menos de um terço da receita total, sua influência vem se diluindo e, assim, no curto prazo também a receita total deve se tornar positiva em relação a idêntico período de 2015.

Mais como curiosidade, é oportuno observar que embora se coloque como o sexto maior importador da carne de frango brasileira e tenha aumentado suas compras em 2,69%, a África do Sul registra queda de 35% na receita cambial, resultado que – em termos de receita – coloca aquele país na 15ª posição.

Sob esse aspecto, aliás, a Holanda, posicionada no sétimo lugar pelo volume, sobe para a quinta posição pela receita cambial.

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