“Vários híbridos F1 apresentaram resistência à ferrugem por quase 20 anos, até o momento alguns deles começaram a apresentar sintomas. Isso não significa que os híbridos tenham perdido sua resistência, os genes de resistência à ferrugem ainda estão presentes neles, o que acontece é que sua resistência é em uma direção (vertical), quando o fungo da ferrugem sofre mutação e surge uma raça nova e mais agressiva, que pode afetar os híbridos “, explicou William Solano, criador do Centro Agrícola Tropical de Pesquisa e Treinamento (CATIE), da Costa Rica.
Elias de Melo, pesquisador do CATIE café, explicou que apesar do que aconteceu os híbridos ainda são mais tolerantes à ferrugem do que outras variedades de café, porque, apesar de alguns sintomas da gravidade da doença é muito baixa na a maioria das situações. “Qualquer material com resistência, mesmo quando pode ser afetado por novas raças de ferrugem, sempre terá uma melhor resposta à gestão e controle da doença”, disse o especialista.
As novas raças de ferrugem surgem por várias razões, porque o número de fatores de ferrugem aumentou, criando novas combinações mais fortes ou mais poderosas, devido ao uso extensivo de uma única variedade e não implementar medidas preventivas como a aplicação de fungicidas, dando boa nutrição ao cafeeiro, usando sombra adequada, entre outros.
Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems