- O preço da soja na Bolsa de Cereais de Chicago registrou na segunda-feira (02.05) alta de 14,00 centavos de Dólar no contrato de Julho/16, fechando em US$ 10,4375 por bushel. O mercado norte-americano da oleaginosa abriu a semana com fortes altas nas principais cotações dos futuros, sustentado pelas dificuldades na nova safra da América do Sul. As dificuldades climáticas nas principais regiões produtoras da Argentina e do Brasil já consolidaram quebras importantes na produtividade final. Além disso, o Dólar segue baixando, tornando a soja dos EUA mais atrativa para o mercado internacional.
- A trajetória de alta dos preços da soja continua na Bolsa de Chicago. Na manhã desta terça-feira (3), os futuros da oleaginosa subiam entre 4 e 5 pontos nas posições mais negociadas, levando o julho/16 e o agosto/16 a US$ 10,48, por volta das 10:30 (horário de Brasília). O mercado internacional ainda conta com fundamentos positivos e os fundos de investimentos que seguem atuando com intensidade entre as commodities agrícolas, porém devido a forte alta registrada na sessão anterior, hoje o mercado deve permanecer mais próximo da estabilidade durante a sessão.
- Na Argentina, o padrão atual se mostra mais favorável, de acordo com as últimas previsões, com chuvas mais restritas e temperatura mais alta que poderiam favorecer a colheita. Ainda assim, a quebra está consolidada em muitas partes do país e continua, portanto, no radar dos negócios com estimativas variando entre 8 e 3 milhões de toneladas de perdas.
- No Brasil, a consultoria Céleres manteve a projeção para a safra de soja em 99,9 milhões de toneladas no ciclo 2015/2016, aumento de 2,5% em relação à temporada anterior. A produtividade média é estimada em 3,03 toneladas por hectare, queda de 1% na comparação com a safra passada, segundo a Céleres, devido ao baixo rendimento das lavouras do Matopiba e do norte de Mato Grosso.
- Ainda conforme a consultoria, a colheita no País se encaminha para a conclusão, com 97% da safra projetada para 2015/2016 já retirada das lavouras até o dia 29 de abril, restando áreas no Rio Grande do Sul e no Matopiba. A consultoria destacou ainda que, apesar do recuo do dólar ante o real no último mês, o movimento de preços em abril foi de alta. Com isso, produtores aproveitaram oportunidades em abril para fazer novas vendas, comprometendo 60% da produção até o dia 29 de abril, contra 54% no fim do mês anterior, segundo a Céleres.
- Na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações futuras do milho iniciaram o pregão desta terça-feira (3) com ligeiras movimentações. Perto das 7h42 (horário de Brasília), o vencimento dezembro/16 estava estável, cotado a US$ 3,96 por bushel. O março/17 exibia leve queda, de 0,50 pontos, negociado a US$ 4,04 por bushel. Apenas o contrato maio/16 registrava alta, de 3,25 pontos, a US$ 3,93 por bushel.
- Os analistas ainda explicam que, o foco dos participantes do mercado permanece no andamento da safra brasileira. Ainda há muitas especulações a respeito da safrinha após as adversidades climáticas registradas ao longo do mês de abril. Muitas instituições já revisaram para baixo as suas projeções para a produção do país.
- Banco Central volta a realizar leilão de swap reverso hoje, com oferta de 20.000 contratos e resultado a partir das 9:50. Ontem, autoridade colocou todos os 40.000 contratos num único leilão, levando o dólar de volta para R$ 3,50. Real teve maior queda frente ao dólar entre as principais divisas globais e emergentes. Com a atuacao do BC o dolar registra alta de 1,37% sendo cotado no momento á 3.5380
Por: Caramuru