Gestão da irrigação em terras americanas
A notícia mais falada no mundo de negócios nas últimas semanas poderia ter sido como aprendemos com a gestão da irrigação em terras americanas.
Gestão, esta, derivada de uma visão estratégica que promove altos retornos para a terra do Tio Sam.
Em 1987, na Califórnia (EUA), foi assinado o Wright Act, lei estadual que garantia o direito à irrigação para todos os produtores rurais.
Fosse isso, talvez não teríamos o estado de calamidade decretado na última semana por mais de 140 cidades do Rio Grande do Sul em função da seca.
Embora não tão grave como a seca de 21/22, há relatos de perda de 80% de lavouras de milho em algumas regiões, segundo a Fecoagro (Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul).
Como sempre falamos, ganha-se dinheiro na agricultura quem sabe gerir risco.
Gestão americana tropicalizada
Mas nem tudo são flores na agricultura Americana. Custamos a tropicalizar a agricultura que herdamos de centros de pesquisas norte-americanos e europeus.
Foram anos para a Embrapa tropicalizar a produção de soja e garantir a revolução dos cerrados.
Anos para difusão do plantio direto.
Integração lavoura-pecuária caminha a passos lentos, mesmo diante do altíssimo retorno econômico comprovado da atividade.
No ano passado, muitos produtores que dependem exclusivamente de adubação inorgânica tiveram seus custos de produção substancialmente elevados em função da guerra da Ucrânia.
Enquanto isso, muitos relutam em adotar novas práticas de adubação orgânica e uso de biológicos.
Estratégias estas que garantiram elevadíssimo retorno para os clientes aferidos pela Perfarm.
Multinacionais, embora sediadas em países nórdicos, não perdem tempo em se adaptar aquilo que minimiza riscos e garante altos retornos.
Em conversa com o Valor Econômico, a Bunge informou que pretende eliminar 100% dos fertilizantes minerais em seus canaviais até 2025.
Para a adubação nitrogenada, novamente a Embrapa para tropicalizar a agricultura, proporcionou o uso da bactéria Nitrospirillum amazonense para 50 mil hectares de cana.
O uso de vinhaça já é parte de 80% dos 300 mil hectares operados pela companhia. Outros bioinsumos têm igual sucesso.
Qual é a sua visão estratégica em relação a riscos e diminuição de custos futuros a partir de investimentos hoje?
Gestão de invejar lavouras americanas
Em pesquisa realizada nas últimas semanas com 390 produtores, constatamos redução de 28% nos custos com insumos agrícolas entre os que usam software de planejamento de safra.
Outros 9% de economia para produtores que usam software de gestão financeira.
Mas não pode ser qualquer software.
Tampouco qualquer processo.
E, principalmente, qualquer pessoa.
O tripé da gestão tecnologia-processo-pessoa tem que estar afinado.
Gestão das Americanas
Afinal, as Americanas tinham software, processos e pessoas e promoveu o maior escândalo financeiro do ambiente de negócio brasileiro.
Trata-se de fraude, muito além de inconsistência contábil.
Algo muito mais comum nas propriedades brasileiras do que se parece.
Profissionais que propositalmente deixam números de fora para “viabilizar” uma recomendação de negócio, agronômica ou zootécnica.
Pode não ser proposital, mas grande parte dos softwares para o agro não calcula custo financeiro, não calcula custos fixos individualizados por máquina, custo de pessoas.
Negligência de custos, que, assim como nas Americanas, podem levar o negócio à falência.
No caso das Americanas, foram R$ 20 bilhões que os responsáveis pela gestão “não contaram” aos sócios.
É muito comum escutarmos produtores falando de lucros que nunca se materializam em dinheiro sobrando nas contas bancárias ou que não garantem a expansão do negócio.
Pensando nisso, a Perfarm vai ministrar o curso online e gratuito Fazenda Digital: transforme dados em decisões estratégicas.
Fonte: Cafezinho com a Perfarm