Orion-E lança FIP de energia de mais de 1 bilhão de reais no mercado

A empresa prevê a captação de R$ 4.3 bilhões de reais em sua primeira fase

A Orion-E, asset owner de energia limpa e renovável, acaba de lançar um fundo de investimento em participação (FIP) no valor de R$ 1.078 bilhões de reais para realização do Projeto 3 Marias, um projetoESG, baseado em 6 ODS’s (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU) que auxiliará empresas a alcançarem as metas de ESCOPO 3 de mitigação de CO2.

O Objetivo é capitar no mercado cerca de R$ 4.3 bilhões de reais restantes para a execução da primeira fase do projeto.

Sobre o Projeto 3 Marias

O Projeto 3 Marias foi criado e pensado pela Orion-E como parte da solução de enfrentamento das questões climáticas, como redução do risco alimentar, reaproveitamento de água, uso de energia limpa e acessível, redução das desigualdades e parcerias para implementação, incorporando 6 dos 17 ODS’s da ONU, bem como os princípios de ESG.

O projeto tem o alcance construtivo de 50.000 usinas de microgeração a serem instaladas em 4 anos. As usinas solares serão construídas em propriedades rurais da agricultura familiar em todo o Brasil, e deve contar com um investimento de R$ 5.4 Bilhões de reais para as usinas que serão construídas até final de 2023.

“Um projeto verdadeiramente ESG dá ao mercado a oportunidade de unir rentabilidade e propósito. Esse projeto pode por o tema da energia limpa e social em patamares inimagináveis dentro de nosso portfolio, seja para investidores nacionais ou internacionais.

Esse possivelmente seja o único projeto brasileiro, de energia solar, que reúne todos os requisitos de ESG, tornando-se exatamente aquilo que as empresas mais buscam hoje para chamar de seu. Reuso de água, energia social, segurança alimentar, redução de desigualdades, mitigação de COe comprimento do ESCOPO 3”, relata Hugo Albuquerque, que assume em janeiro de 2023 como CEO da Orion-E.

“O projeto não se trata apenas de construir 50.000 usinas em 4 anos, mas de contribuir para a melhoria de vida de 50.000 famílias envolvidas na agricultura familiar. 12.500 usinas de microgeração por ano, 1% da base instalada atual, ainda parece muito pouco, se pensarmos em todos os benefícios que esse projeto traz”, comenta Marco Aurelio, COO da Orion-E e que será o responsável por da vida a essas usinas.

Os 6 ODS que norteiam o projeto são:

Suas motivações vão desde reaproveitamento de água da chuva, ações contra crise alimentar, energia sustentável e social, redução das desigualdades, empoderamento feminino, mitigação de emissões de gases de efeito estufa, e desenvolvimento de parcerias estratégicas para implementação de iniciativas que contribuam para o cumprimento do ESCOPO 3.

O projeto foi desenvolvido para ser implementado em áreas da agricultura familiar, são hoje cerca de 3.9 milhões de famílias que produzem cerca de 23% de toda produção agropecuária brasileira, mas que sobrevivem com renda mensal de 1 a 1.5 salários-mínimos.

O projeto além de aumentar a renda dessas famílias, lideradas em sua maioria por mulheres, auxilia grandes redes varejistas locais, para que cumpram o escopo 3 de mitigação de CO2. A energia produzida será utilizada por clientes de baixa tensão, em geral, redes varejistas e cadeia da agroindústria, que estejam comprometidos em mitigar não apenas suas emissões de GEE, mas também de toda sua cadeia de abastecimento e de distribuição.

Os alicerces ESG onde esse projeto são:

E (Environmetal): Energia Limpa e sustentável. Microgeração por fonte solar fotovoltaica. Reuso de água, podendo chegar a uma economia de mais de 14 Bilhões de litros de água por ano. Mitigação de emissão de CO2 e substituição do uso de térmicas por fontes renováveis;

S (Social): Aumentar a renda de produtores rurais inscritos no programa da agricultura familiar, que sobrevivem com cerca de 1 a 1.5 salários-mínimos, em cerca de 30% a 40%. Fomentar o empoderamento da mulher, que na maioria dos casos é chefe do lar. Levar melhores condições de vida a regiões muito pobres como é o caso do Vale de Jequitinhonha, onde o piloto do projeto está sendo implantado.

G (Governance): Garantir segurança ao investidor de forma a mitigar qualquer risco que possa haver em relação ao projeto. Criamos uma metodologia em parceria com a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), que visa exatamente dar maior transparência e certificar de que todos os projetos de geração distribuída possuem um padrão de confiabilidade, segurança e sejam possíveis de serem comparados, afastando especuladores. Chamado de Projeto Megawatt Validado, funciona como um selo com 4 tipos de validação, que vai desde o parecer de acesso, passado por questões fundiárias e ambientais até a verificação de contratos (EPC, Performance Bond, arrendamento da usina, Reciclagem, etc) e modelagem financeira.

Em breve a Orion-E anuncia 3 embaixadoras do projeto, mulheres referência no país por suas ações sociais e de empreendedorismo feminino.

Fonte: Uiara Costa de Andrade