De acordo com um novo estudo de pesquisadores da Penn State, ele tem como alvo genes hospedeiros que são evolutivamente conservados e envia muitas versões ligeiramente diferentes de seu armamento genético para garantir a eficácia. Essa estratégia, descrita em um artigo publicado online na revista eLife em 17 de dezembro de 2019, restringe a capacidade de resposta do hospedeiro.
Em vez de produzir sua própria energia através da fotossíntese, o parasita se envolve em torno de uma planta hospedeira, usando estruturas especiais para sugar a água e os nutrientes. Ele pode parasitar uma variedade de espécies, incluindo algumas de importância agrícola, como o tomate, e sua densa estrutura semelhante à videira pode interferir nas máquinas de colheita.
A equipe de pesquisa, liderada pelo professor de biologia da Penn State, Michael Axtell, determinou anteriormente que o dodder envia microRNAs – segmentos curtos de ácidos nucleicos cuja sequência corresponde a um segmento de um gene hospedeiro – para o hospedeiro. A ligação aos RNAs mensageiros que codificam a proteína do hospedeiro impede a produção de proteínas do hospedeiro.
“Se esse processo for prejudicial para a planta hospedeira, esperaremos que os genes hospedeiros alvo mudem ao longo do tempo, devido à seleção natural ou mesmo ao acaso”, disse Axtell. “Esse tipo de processo geralmente leva ao que chamamos de corrida armamentista evolutiva, onde hospedeiro e parasita se alternam, alterando levemente a sequência de seus genes para aumentar a aposta. Queríamos saber se esse era realmente o caso”, comenta.
Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems Crédito: DP Pixabay