Parceria entre Perfect Flight e ARPAC torna pulverização de defensivos por drones muito mais eficaz

Tecnologia usada em aviões será disponibilizada para veículos aéreos não tripulados

Mais econômicos, mais rápidos e mais eficientes, os drones são o hype do agronegócio, atualmente. Os aparelhos podem ser controlados à distância ou pré-programados para o exercício de funções e movimentos complexos na aplicação dos produtos e monitoramentos, melhorando o desempenho de todo o plantio.

De acordo com o estudo Drone Market Report 2021-2026, o mercado global de veículos aéreos não tripulados (VANTs) vai saltar de US$ 26,3 bilhões neste ano para US$ 41,3 bilhões em cinco anos, representando uma taxa de crescimento anual de 9,4%.

Em 2020, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e o Sebrae, realizou uma pesquisa com mais de mil entrevistados, entre produtores e prestadores de serviço, sobre o uso de tecnologias digitais no campo. O estudo apontou que 59% dos produtores utilizavam drones.

Hoje, existem drones desde os mais simples, que só tiram fotos e acompanham a produção de cima, como se fossem o ‘olho do dono’ e custam de R$ 7 mil a R$ 10 mil, e os mais sofisticados, com sensores mais caros que identificam pragas e doenças na lavoura. Esses podem ultrapassar os R$ 200 mil.

Mas as vantagens são muitas, como a economia, considerando a aplicação localizada e a redução do volume total de insumos, a precisão, com o voo automático por coordenadas, a segurança, uma vez que o operador estará sempre fora de contato com o produto e longe do talhão,  a terceirização, na prestação de serviço completa, que possibilita ao produtor rural reduzir gastos por ter mais controle sobre o uso do equipamento, utilizando somente quando necessário, e a sustentabilidade, pois propicia o rastreamento, monitoramento e registro do voo do aparelho, além do fato de a aeronave permitir a programação para voar longe das áreas de proteção ambiental.

Planejamento e pulverização inteligente

Uma das empresas que tem trabalhado com serviços aéreos agrícolas utilizando drones profissionais é a ARPAC. O grupo oferece toda a etapa de planejamento, com avaliação aérea, identificação da aérea de infestações, definição de área para aplicação e agendamento, além do serviço completo de aplicação e o envio de relatórios completos do voo.

Recentemente, o grupo contratou a tecnologia da Perfect Flight, agtech brasileira voltada para inteligência de pulverização. A Perfect faz a leitura dinâmica de toda a área de aplicação defensivo, além de assimilar também fatores externos, como condições climáticas, proximidade de nascentes e regiões com a presença de pessoas e animais, para determinar o melhor momento e o melhor padrão de aplicação dos defensivos. Ou seja, o produtor recebe uma análise completa para orientar, da forma mais eficaz, a proteção do plantio.

“A Perfect Flight oferece uma excelente ferramenta de tomada de decisão através de dados confiáveis e claramente dispostos na plataforma. O relacionamento entre a ARPAC e a Perfect Flight está sendo estruturado nos últimos anos e hoje, através de um cliente em comum, a parceria se concretizou trazendo inúmeros benefícios para a ARPAC e para o usuário final. Acreditamos que este é o primeiro passo de uma integração que poderá gerar novos produtos e serviços, beneficiando o agronegócio com inovação”, disse Eduardo Goerl , CEO da ARPAC.

Essa análise evita a dispersão dos produtos para outras áreas, protegendo o meio ambiente e comunidades do entorno e diminui os gastos com insumos e água, tempo de voo e combustível, em virtude do planejamento preciso do voo sobre o plantio.

“A ARPAC contratou o nosso serviço para a gestão das aplicações com drones de um cliente em comum, para padronização de relatórios e inteligência de dados. Eles estão cobrindo cerca de 50 mil hectares, mas essa área pode subir para 70 mil, dependendo das demandas, como por exemplo, maior infestação de plantas daninhas. Nós vamos fazer a gestão disso, tanto do pré-voo, geração de polígono para eles colocarem no plano de voo do drone e, também o pós aplicação, com análises quantitativas e qualitativas. O relatório de pós contém informações detalhadas sobre onde o insumo foi aplicado, faixa, altura, vazão, produto, dose. A gestão completa que fazemos para aeronaves, vamos fazer para a ARPAC”, explicou Paulo Villela, Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Perfect Flight.

Fonte: Comunicação Conecta