Pesquisador integra seleto grupo em visita técnica nos EUA

Em parceria com três universidades norte-americanas – Auburn, Flórida e Geórgia – a Embrapa Hortaliças e a Associação Brasileira de Horticultura (ABH) promoveram visita técnica de seleto grupo de brasileiros em busca de conhecimento e tecnologia na produção de hortaliças que possa contribuir para o Brasil ser mais competitivo no mercado externo. Fez parte da comitiva o pesquisador vinculado à Unoeste e com o aporte da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Dr. Edgar Henrique Costa Silva, professor na graduação e pós-graduação e vice-coordenador do programa que oferta mestrado e doutorado da Agronomia. Foram cinco dias de intensas atividades, de 9 a 13 deste mês.

Conforme o pesquisador da área de olericultura, a visita teve como objetivo promover capacitação e transferência de informações, desenvolvimento e inovação no campo de tecnologia de produção de hortaliças por meio de profissionais americanos extremamente qualificados. Tudo mediante o intercâmbio de conhecimentos por tecnologias aplicáveis aos trabalhos desenvolvidos no Brasil, contribuindo para tornar o país mais competitivo no mercado externo em relação a exportação de algumas hortaliças, a exemplo do que ocorre com outras commodities.

Sistemas de produção

Composto por 23 pessoas e formado por pesquisadores, extensionistas, consultores e produtores, o grupo ficou em Atlanta, a capital do estado da Geórgia. As visitas foram a instituições de pesquisas e fazendas em Athens, Lyons e Tifton, no mesmo estado; e Auburn, no estado do Alabama. A articulação foi pelo pesquisador Dr. Warley Marcos Nascimento, chefe geral da Embrapa Hortaliças e presidente da Associação Brasileira de Horticultura (ABH). A recepção foi pelos professores Dr. André Luiz Biscaia Ribeiro da Silva e Dr. Luan Pereira de Oliveira, ambos brasileiros que atuam como pesquisadores-extensionistas na Auburn University e University of Georgia, respectivamente.

As visitas ocorreram no Departamento de Horticultura das duas universidades e laboratórios associados; produtores de mudas de hortaliças e plantas ornamentais, assim como de hortaliças em geral; e unidades de tratamento pós-colheita, distribuição e armazenamento de frutas e hortaliças. “Foi possível interagir com produtores rurais, professores, pesquisadores e extensionistas de diferentes áreas da indústria de hortaliças, tratando especialmente de temas como indicação geográfica, turismo rural, olericultura de precisão, pós-colheita e cultivo indoor. Foi possível observar as semelhanças entre os sistemas de produção de hortaliças no Brasil e no EUA”, conta o Dr. Edgar.

Pesquisas compatíveis

Sobre o resultado da visita do ponto de vista pessoal e profissional, o pesquisador diz que, embora tenha tido experiência internacional ao longo de sua formação acadêmica, esta foi a primeira vez que viajou aos EUA, onde pode conhecer um pouco mais sobre a cultura da região sudeste e aprender sobre tecnologias e inovações que vem sendo aplicadas na cadeia produtiva de hortaliças. “Foi possível interagir com profissionais de diferentes setores que atuam no Brasil e nos EUA, como professores, pesquisadores, consultores e produtores rurais. Ainda pude reencontrar amigos que se encontram inseridos no mercado de trabalho nos EUA”, comenta.

Constatação relevante do ponto de vista institucional é a de ter sido possível compreender que as pesquisas desenvolvidas na Unoeste são compatíveis com o que outros pesquisadores têm feito em instituições do exterior. Com relação ao resultado do ponto de vista dos cursos de graduação e de pós-graduação em Agronomia e da própria Unoeste, anuncia que foi possível prospectar parcerias para cooperação internacional por meio do intercâmbio de estudantes e pesquisadores e condução em pesquisa em rede. Na Auburn University encontrou o egresso da graduação em Agronomia na Unoeste, Guilherme Andreucci, que fez estágio lá durante o curso e retornou para fazer mestrado, que está terminando.

Fonte: Emerson Rodrigo Sanchez