A pesquisadora da Embrapa Cerrados Ieda Mendes tomou posse como membro da Academia Brasileira de Ciência Agronômica (ABCA). A cerimônia foi realizada de forma on line na segunda-feira (09) durante o I Congresso da ABCA, evento que ocorreu na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), em Piracicaba. Ieda passa a ocupar a cadeira 28, cujo patrono é o professor Dárdano de Andrade. O pesquisador aposentado da Embrapa Cerrados José Luis Zoby é membro emérito da ABCA.
Os novos membros são eleitos em assembleia, considerando sua formação e importante contribuição para a agricultura brasileira. Na mesma solenidade, também foram nomeados outros 18 profissionais, sendo sete pesquisadores da Embrapa: Décio Gazoni (Embrapa Soja), Eufran do Amaral (Embrapa Acre), Francisco Aragão (Embrapa Recursos Genéticos), Adriano Venturieri (Embrapa Amazônia Oriental), Segundo Urquiaga (Embrapa Agrobiologia), Maria do Carmo Bassols Raseira (Embrapa Clima Temperado) e Ana Paula Packer (Embrapa Meio Ambiente).
A Academia Brasileira de Ciências Agronômicas (ABCA) é uma organização composta por renomados engenheiros agrônomos do Brasil e tem a missão de promover a ciência agronômica e a sua importância para a produção sustentável de alimentos, fibras e energia, em benefício da sociedade. “Considero uma honra poder fazer parte da ABCA, onde vou ter a oportunidade de usufruir da convivência com renomados profissionais de várias especialidades, ampliando minha visão do mundo agro”, afirmou a pesquisadora.
Ela também destacou que será uma oportunidade de contribuir para as discussões sobre a Ciência Agronômica no país, acrescentando a visão dela como embrapiana e pesquisadora em saúde do solo. “Junto comigo tomaram posse mais outras seis colegas e esse é um outro aspecto muito importante, visando a representatividade de gênero na ABCA”, ressaltou. Ieda Mendes é formada em Engenharia Agronômica pela Universidade de Brasília (1987) e possui doutorado em Soil Science pela Oregon State University (1997).
Referência em saúde do solo
Pesquisadora da Embrapa desde 1989, Ieda participou dos trabalhos que culminaram em 1993 com o lançamento das estirpes SEMIA 5080 (CPAC-7) e SEMIA 5079 (CPAC-15) e que são utilizadas até hoje no inoculante comercial de soja. Desde 1999, ela lidera o projeto de bioindicadores de qualidade de solo, que já está na sua quarta fase. Como resultado desses estudos foi desenvolvida e lançada em 2020 a tecnologia de Bioanálise de solo (BioAS) – que agrega o componente biológico às análises de rotina de solos. A pesquisadora coordena também a capacitação dos laboratórios comerciais que fazem parte da Rede Embrapa de Bioanálise de Solos. Hoje o Brasil é o único país do mundo que possui parâmetros biológicos, calibrados em função do rendimento de grãos e da matéria orgânica nas análises de solo.
Fonte: CERRADOS NCO