Petrobras e Raízen miram no mercado de biometano

As duas empresas vão analisar potenciais negócios envolvendo produção, compra e venda do biogás

A Petrobras e a Raízen anunciaram parceria na terça-feira 14. Na mira dos dois gigantes do setor de combustíveis, o mercado de biometano.

O acordo servirá “para avaliar, em conjunto, potenciais negócios envolvendo produção, compra e venda de biometano, combustível 100% renovável e produzido pela Raízen a partir de resíduos da cana-de-açúcar, gerados na operação agroindustrial dos bioparques de energia da companhia”, informa uma nota da Petrobras. “A parceria prevê também estudos para o desenvolvimento de soluções de logística de entrega do biometano, que viabilize sua utilização nas operações de refino da Petrobras.”

A primeira fábrica da Raízen focada nesse combustível foi inaugurada em 2020. A produção de gás de origem renovável faz parte das estratégias de sustentabilidade da empresa.

“Somos uma das empresas pioneiras no uso de resíduos de processos industriais para a produção de energia renovável em escala comercial, aplicando o modelo de economia circular em nossos 35 parques de bioenergia”, afirmou Ricardo Mussa, CEO da Raízen. “Acreditamos no potencial da cana para a geração de inúmeras soluções em energia, e a produção de biometano é um importante passo para acelerar a transição energética no país.”

De acordo com a Petrobras, “o biometano tem o potencial para reduzir em mais de 90% as emissões diretas de gases de efeito estufa ao substituir combustíveis fósseis”. Na visão da empresa, o produto é um substituto para gás natural, diesel e GLP.

“Esse projeto é uma oportunidade de conectar a produção de biometano renovável com a produção de combustíveis e produtos de refino de alta qualidade que, dessa forma, serão obtidos com menores emissões de carbono”, afirmou José Mauro Coelho. A parceria Petrobras e Raízen “reforça nosso compromisso em buscar oportunidades econômicas e sustentáveis que combinem geração de valor e baixo carbono, oferecendo produtos de melhor qualidade e eficientes do ponto de vista ambiental”.

Fonte: Revista Oeste