O Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) realizou, entre julho de 2014 e fevereiro deste ano, 5,3 mil contratos com a liberação de R$ 2,5 bilhões em crédito. O total geral financiado pelo programa de julho de 2010 até junho do ano passado foi de 27 mil contratos no valor de R$ 7,5 bilhões.
Os números foram divulgados durante a Conferência sobre Governança do Solo, realizada nesta semana no Tribunal de Contas da União (TCU). O ano de 2015 foi declarado Ano Internacional dos Solos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Segundo o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SDC/Mapa), Caio Rocha, o número de contratos é um reflexo da conscientização do produtor rural para as questões de desenvolvimento sustentável. “É importante salientar que, se considerarmos os fatores da produção – ou seja, terra, capital e trabalho –, a tecnologia é o insumo que mais representa renda para o produtor”, afirmou.
O Plano ABC foi desenvolvimento para promover a participação da agropecuário na mitigação e adaptação às consequências negativas para o solo da concentração de Gases de Efeito Estufa (GEE).
O coordenador de Manejo Sustentável dos Sistemas Produtivos da SDC, Elvison Ramos, salienta que “as tecnologias utilizadas no Plano ABC são ferramentas para o aperfeiçoamento do manejo sustentável dos recursos naturais. A integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), o Plantio Direto, a Recuperação de Áreas Produtivas Degradas e Florestas Plantada, por exemplo, contribuem para a elevação da renda do produtor rural”, diz Ramos.
Durante a Conferência sobre Governança do Solo, Ramos também destacou a evolução da iLPF. Se em 2013 a integração entre lavoura, pecuária e floresta ocupava uma área 40 mil hectares (he) em todas as regiões do Brasil, no ano passado foram registrados aproximadamente 60 mil he. A área da região Centro-Oeste que está integrada foi a que mais cresceu no período analisado, passando de 15 mil he para 25 mil he. “Isso mostra que a tecnologia iLPF está atingindo as áreas prioritárias e a tendência é que a integração continue e se amplie ainda mais em todo o território brasileiro”, diz Ramos.
Por: MAPA