Especialista orienta manejo para evitar queda de produção, o que tem acontecido na atual safra; veja as práticas e produtos necessários
Dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) mostram que no acumulado da safra, até junho, a moagem de cana-de-açúcar totalizou 187,61 milhões de toneladas. No ano passado, foram 212,42 milhões de toneladas registradas, uma queda de 11,68%. Na região Centro-Sul, maior produtora da cultura no Brasil, na segunda quinzena de junho, a moagem atingiu 41,88 milhões de toneladas, uma retração de 7,92% em relação ao ano passado, quando 45,48 milhões de toneladas foram processadas.
Para mitigar a queda de produtividade, um conjunto de operações deve ser adotado, incluindo o manejo de plantas daninhas. “Muitos produtores acreditam que podem diminuir o uso de herbicidas nesta época, mas o controle das plantas daninhas é imprescindível para manter a produtividade no campo”, afirma Bárbara Copetti, engenheira agrônoma e especialista em desenvolvimento de mercado da Ourofino Agrociência.
Durante a seca, áreas com alta infestação de gramíneas, colonião (Panicum maximum), braquiária (Urochloa decumbens) e capim-colchão (Digitaria sp.) podem ser vistas com mais intensidade, além de folhas largas de sementes grandes, como mucuna (Mucuna sp.), mamona (Ricinus communis) e cordas-de-viola (Ipomoea sp.). Por isso, dentre os principais desafios para o manejo de plantas daninhas durante o inverno está a utilização de herbicidas apropriados e com solubilidade adequada, baixa e nula fotodegradação, residual compatível com a época de aplicação e amplo espectro de controle.
“É preferível que o manejo integrado seja realizado em pré-emergência total da cana-de-açúcar para diminuir os riscos de fitotoxicidade, e caso seja feito em pós-emergência, deve-se optar por herbicidas mais seletivos em folha”, destaca a profissional.
Ela reforça que a diferença desse manejo em relação a outras estações do ano está no tempo de fechamento da cultura, pois em períodos mais úmidos este será mais rápido possibilitando utilizar herbicidas com residual mais curto.
Entretanto, a dispersão de plantas daninhas se dá de forma generalizada em todo parque canavieiro e é mais problemática em áreas de expansão de pastagens, bacias de vinhaça e nos locais com descarte de resíduos das indústrias ou com manejo mal feito durante o ciclo da cultura.
Indicações
Dentre as soluções que a Ourofino Agrociência indica para as plantas daninhas está o DistintoBR para o manejo em épocas secas. Esse herbicida pré-emergente tem alta eficácia no manejo de gramíneas de difícil controle, como o capim-colonião (Panicum maximum), o complexo capim-colchão (Digitaria sp.), o capim-braquiária (Urochloa decumbens) e o capim-amargoso (Digitaria insularis).
Também como destaque no portfólio da empresa está o FortalezaBR que pode ser utilizado na associação com DistintoBR. O herbicida é sistêmico, seletivo e apresenta um amplo espectro de controle e excelente residual. Outra opção para associação com o Distinto BR é o PonteiroBR, que deve ser utilizado em áreas com pressão de folhas largas.
Além desses, o Kaivana 360 CS, produto reimaginado para as condições brasileiras de clima e solo, também é recomendado. Lançado em 2020, o herbicida exigiu da Ourofino e institutos parceiros quatro anos de pesquisas. Como um dos principais diferenciais, possui o ativo encapsulado, fato favorável à menor ocorrência de volatilização e do risco de fitotoxicidade.
Fonte: ComTexto Comunicação Integrada