Observamos grandes alterações metabólicas, hormonais, maior demanda por nutrientes para síntese de colostro, desenvolvimento da glândula mamária… achou pouco? Então vamos adicionar um grande crescimento fetal, mudanças no manejo e redução da capacidade de ingerir matéria seca (~ 30 %).
Toda essa confusão se inicia 30 dias antes do parto. Mas o que nós podemos fazer para ajudar nossas vacas?
Nós sabemos as alterações metabólicas e distúrbios no pós-parto podem ser evitados neste período. Então, para entendê-lo melhor temos que deixar claro que o maior impacto é causado pela limitação física, já que o feto está em crescimento acelerado e já preenche grande espaço — que antes seria ocupado pelo rúmen. Por isso, há diminuição da ingestão de matéria seca e, consequentemente, dificuldade de atender às exigências nutricionais do animal.
Diante disso, o aumento da densidade energética da dieta se faz extremamente necessário. Uma opção é aumentar a relação concentrado:volumoso.
Mas só aumentar a quantidade de ração resolve? Ajuda muito, mas a dieta deve ser ainda mais específica, visando evitar distúrbios pós-parto, como a famosa “febre do leite” (hipocalcemia), retenção de placenta, cetose, entre outros.
Uma alternativa é o uso de dietas acidogênicas, que podem contribuir bem para evitar esses distúrbios. Estas são caracterizadas por promover propositalmente uma leve acidose nos animais, visando aumentar o Cálcio (Ca+) circulante na corrente sanguínea. Com isso, evita-se a carência deste mineral, que atua na contração uterina durante o parto, não sendo, portanto, necessária grande mobilização de cálcio dos ossos.
Fonte/Crédito: MilkPoint