Preparativos para 10ª Abertura da Colheita da Oliva seguem em Viamão

A 10ª Abertura Oficial da Colheita da Oliva será nesta sexta-feira (04/03), a partir das 8h30, na Estância das Oliveiras em Viamão. No entanto, o movimento já é grande dentro da propriedade que vai sediar a abertura oficial da safra 2022, com a colheita e processamento de azeitonas para produção de azeite extravirgem ocorrendo a pleno vapor.

“A colheita esse ano vai ser espetacular em termos de qualidade e positiva em termos de quantidade. A gente está crescendo, vindo de 20 toneladas na safra 2021 para 25 toneladas na safra 2022”, projeta o diretor de relacionamento com mercado da Estância das Oliveiras, Rafael Sittoni Goelzer. As 25 toneladas projetadas para serem colhidas na propriedade devem gerar 2,5 mil litros de azeite extravirgem.

Goelzer explica que a variação positiva entre uma safra e outra está baseada em dois fatores: no aumento de produtividade dos pomares mais antigos e no início de produção de árvores mais novas. “Nossos pomares são modulares: temos árvores com 15, oito, cinco e três anos. Então, a cada ano, naturalmente a gente vai ter uma produtividade maior, porque novos pomares vão entrando em produção. Isso acontece no estado do Rio Grande do Sul inteiro”, pontua.

Por causa da estiagem e a distribuição irregular de chuvas no Rio Grande do Sul, o Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva) avalia que a produção da safra 2022 ao menos se iguale à de 2021 no Estado, com 202 mil litros de azeite. O Rio Grande do Sul é o maior produtor nacional de azeite extravirgem, concentrando 75% da produção brasileira.

Conforme dados da Radiografia Agropecuária Gaúcha 2021, publicação da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), o Estado contava, na safra passada, com 191 olivicultores, 6 mil hectares de área plantada – sendo 2.100 hectares em idade de colheita – e produção de 2 mil toneladas.

Enfoque na qualidade

Entusiastas da olivicultura por influência do pai, Lucídio Morsch Goelzer, Rafael e o irmão André, mestre de lagar da Estância, cuidam de cerca de 5 mil árvores, em pouco mais de 25 hectares. “A olivicultura é interessante porque não necessita de grandes áreas disponíveis para ser economicamente viável. Isso abre um mercado para pequenas propriedades no Rio Grande do Sul voltadas a um cultivo perene. Com manejo e cuidado, uma oliveira pode chegar até os 100 anos ainda com alta produtividade”, analisa Rafael.

No processamento das azeitonas, a Estância foca na produção de azeite extravirgem, tendo conquistado duas medalhas de ouro no concurso EVO iOOC Itália de 2021. “A gente não quer produzir grande quantidade, a gente quer produzir com alta qualidade. O azeite tem uma peculiaridade que, diferente do vinho, quanto mais fresco, melhor. Por isso, consumir azeites locais, produzidos em sua região, certamente te trará melhor qualidade”, finaliza.

Fonte: Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural