Seca está prejudicando o Rio Paraná
Um colapso na margem do rio Paraná reduziu os embarques de grãos para o porto de Rosário, na Argentina, segundo um relatório da agência de notícias Reuters. As dragas estão trabalhando ao sul do complexo de Rosário para restaurar a profundidade necessária da água para o tráfego de exportação. Nenhuma estimativa de quando as operações normais seriam retomadas foi dada, de acordo com a Reuters.
Guillermo Wade, gerente da Câmara de Atividades Portuárias e Marítimas, disse à Reuters que “um navio costuma transportar cerca de 50.000 toneladas de grãos. O que está ocorrendo agora é cerca de 11.000 toneladas a menos por barco. Os navios não podem partir porque eles não têm margem de segurança adequada”.
A Argentina é um dos maiores exportadores mundiais de soja, farelo de soja e milho. No ano passado, ficou em terceiro lugar nos embarques de milho e soja e o porto de Rosário embarca cerca de 80% das exportações agrícolas da Argentina. “Aqueles navios que já estavam em carregamento nos 32 terminais naquela área estão levando ainda menos (cargas) do que já estavam antes”, completa.
Os baixos níveis de água já estavam dificultando o tráfego de exportação antes do colapso da margem do rio, já que o nível da água no rio Paraná caiu tanto até chegar no menor ponto em 50 anos, informou a Reuters.
O colapso na margem do rio exacerba uma situação já difícil para o setor exportador de grãos argentino, que está em meio ao pico da temporada de exportações de soja e seus derivados e de milho, disse o chefe da câmara local e exportadores e processadores de grãos (CIARA-CEC), Gustavo Idigoras.
Fonte: Agrolink Por Leonardo Gottems