Nas semanas que antecedem o processo de votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, entidades ligadas ao setor do agronegócio posicionaram-se através de notas oficiais, afirmando que apoiam o movimento em favor do impeachment da Presidente.
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) comunicaram o posicionamento no atual momento em que o País está vivenciando, assim como também é apoiado por entidades empresárias como a Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems), a Fecomércio, a Federação das Associações Empresarias de Mato Grosso do Sul (Faems) além da Ordem dos Advogados do Brasil no Estado (OAB-MS).
De acordo com as notas divulgadas, as entidades declararam, que o afastamento da chefe de Estado é o único caminho para a retomada do crescimento econômico e do desenvolvimento social do Brasil. “O Sistema Famasul, a Fiems, Fecomércio, Faems e OAB/MS acreditam que o processo de impeachment, instrumento legal e constitucional utilizado diante de denúncias de crime de responsabilidade contra alta autoridade do poder executivo, é o único caminho vislumbrado para a retomada do crescimento econômico e do desenvolvimento social do Brasil”.
A CNA, por sua vez, também se pronunciou, destacando sua profunda preocupação com a marcha dos acontecimentos. “O setor agropecuário vinha resistindo a esta maré depressiva e mantendo seus níveis de produção, de emprego e de vendas ao exterior. Porém, como já advertimos, os efeitos do esfacelamento da economia agora chegam até nós. Produtores de todo o País se preparam para tempos muito difíceis e adiam investimentos, prevendo os riscos que se prenunciam no horizonte. A produção cresce na medida em que houver segurança e previsibilidade”.
Saiba mais:
Por 38 votos a 27, a comissão especial do impeachment na Câmara dos Deputados aprovou na última segunda-feira (11.04) o parecer do relator Jovair Arantes (PTB-GO) favorável à abertura do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff.
A discussão do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff vai ter início às 8h55 da próxima sexta (15.04) e a votação será a partir de 14h de domingo (17.04). A sessão de sexta terá início com fala da acusação, que são os autores do pedido de impeachment e e também da defesa, que deve ser feita pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo.
Tanto os autores do pedido de impeachment quanto a defesa da presidente terão 25 minutos para falar. Em seguida, os representantes de cada um dos 25 partidos políticos terão direito de falar por uma hora. Os líderes das siglas indicarão até cinco deputados para discursar.
Os líderes também poderão discursar em todas as sessões – o tempo é proporcional ao tamanho das bancadas e varia de 3 a 10 minutos. A ordem dos discursos do partido será da legenda com maior bancada para a menor.