Produção de grãos da China sobe nos últimos 70 anos

A produção de grãos da China quase quintuplicou nos últimos 70 anos, de acordo com um relatório do Departamento Nacional de Estatísticas (NBS) do país. A produção de grãos da China cresceu a uma taxa anual média de 2,6% desde 1949, conseguindo alimentar 20% da população mundial com apenas menos de 9% da terra arável do mundo, segundo o relatório.

O país aumentou a diversidade de oferta de alimentos, desenvolvendo a indústria de criação, com a produção de produtos aquáticos ficando em primeiro lugar no mundo desde 1989, que ficou em 64,6 milhões de toneladas em 2018, 143 vezes maior do que em 1949. A estrutura da indústria agrícola foi continuamente otimizada, com um padrão moderno promovendo o desenvolvimento geral da agricultura, silvicultura, pecuária e pesca, substituindo o padrão tradicional de agricultura, disse o NBS.

A operação de escala da agricultura foi reforçada pelo progresso da circulação de terras rurais. Mais de 35 milhões de hectares de terras agrícolas contratadas por famílias circularam em 2018, contrariando os 58 milhões de 2004. O país também fomentou novos tipos de entidades de produção e serviço agrícola. Até o final de 2018, 600.000 fazendas familiares e 2,17 milhões de cooperativas de agricultores foram registradas.

De acordo com Amélio Dall’Agnol, pesquisador do setor de soja da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Soja), ao contrário do que se pensa, a China é gigante na produção de alimentos. “Dado o enorme consumo de uma população de 1,4 bilhão de pessoas, a China, além de produzir muito alimento, também importa, como, por exemplo, o grão de soja brasileiro que é processado internamente e seu farelo utilizado na formulação de rações animais para produção de carnes para consumo local, mas, também, para exportação”, indica.

Fonte/Crédito: Agrolink Por Leonardo Gottems