Quarta estimativa para safra 2021-Conab

A produção brasileira de café em 2021 está estimada em 47,72 milhões de sacas, uma diminuição de 24,4% em comparação com resultado apresentado no ano passado (recorde de 63,08 milhões de sacas. Os números fazem parte do quarto e último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado hoje. O resultado é melhor do que o terceiro levantamento, de setembro, que projetava 46,9 milhões de sacas. A estatal diz no relatório que “a menor colheita já era esperada, devido aos efeitos fisiológicos da bienalidade negativa, observados em diversas regiões produtoras neste ciclo. Além disso, as condições climáticas adversas de seca em muitas localidades, influenciaram diretamente nas lavouras, tanto para a redução do rendimento médio como para a diminuição da área em produção. As geadas registradas nos meses de junho e julho, embora com pouca interferência nesta safra, também impactaram as lavouras em produção e em formação”. Os agricultores de café conilon, entretanto, colheram a maior safra da série histórica neste ano, com uma produção próxima a 16,29 milhões de sacas de 60 quilos. O resultado representa um incremento de 13,8% em relação ao obtido em 2020, e supera em 1,14 milhão de sacas a produção registrada na safra de 2019 – o melhor desempenho até então registrado. No sentido contrário, as lavouras de café arábica apresentaram um desempenho inferior ao registrado na safra passada. Segundo o boletim da Conab, a produção desta variedade atingiu 31,42 milhões de sacas, redução de 35,5% quando comparada com o ano passado. “Apesar da queda registrada, esta é uma boa safra sendo o terceiro maior volume produzido para um período de bienalidade negativa – ficando atrás apenas das colheitas registradas em 2013 e 2019. Ainda assim, a menor produção no país reflete no cenário internacional e corresponde ao principal motivo da diminuição da produção global no ciclo 2021/22 uma vez que o Brasil segue como o maior produtor mundial do grão”, destaca na nota o presidente da Companhia , Guilherme Ribeiro.

Fonte: mellão martini