A empresa apresentou grandes avanços em seu plano de expansão em renováveis, bem como investimentos em novos negócios. A companhia atinge receita líquida de R$ 64,2 bilhões e EBITDA Ajustado de R$ 2,8 bilhões.
A Raízen, empresa referência global em bioenergia e licenciada da marca Shell, divulgou na quinta (10) o resultado do segundo trimestre do ano safra 22’23. O fechamento registra um aumento significativo no volume de negócios, como consequência da ampliação da exportação de etanol e açúcar, expansão de seu portfólio de renováveis e investimentos em novos negócios, fortalecendo ainda mais sua plataforma integrada de energia.
A receita líquida chegou a R$ 64,2 bilhões, 32% a mais que o mesmo período do ano anterior. O EBITDA ajustado foi de R$ 2,8 bilhões e o lucro líquido ajustado registrou R$ 1,1 milhão. Somados, os resultados seguem de acordo com o crescimento esperado pela empresa, mantendo o ciclo de investimentos em projetos que aceleram os negócios da companhia, com foco na expansão do portfólio de renováveis.
No período, diversas iniciativas merecem destaque. Como principal, o E2G, que obteve avanços e resultados significativos como o contrato recorde assinado para comercialização do etanol celulósico para a Shell, em contratos com duração até 2037, o que viabilizará a construção de cinco novas plantas para o produto. Com relação à produção do biocombustível avançado, a empresa bateu novamente recorde, com 17 milhões de litros produzidos no acumulado da safra, crescendo 73% comparado com o ano anterior. O volume está em linha com a meta de atingir 30 milhões de litros no ano-safra.
A Raízen também firmou parcerias para distribuição de energia renovável para grandes empresas como, por exemplo, Burger King, Supermercado Dia% e Localiza, atingindo o patamar de maior comercializadora de energia do Brasil, em agosto passado, de acordo com a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica). A companhia possui 1,5 GW de capacidade via cogeração de energia em seus bioparques. Já em geração distribuída, são 66 MW de capacidade instalada (88 MW/pico) com potencial para aumentar nos próximos anos, totalizando 205 MW/pico em 2023.
A companhia obteve aumento no volume de negócios e expansão de 50% da base de clientes no segmento de energia elétrica (já são mais de 18 mil unidades consumidoras atendidas), resultando em crescimento de 32% do faturamento.
Com a Azul, a empresa fechou contrato de longo prazo para fornecimento de combustíveis de aviação, inicialmente em 45 aeroportos no País, se tornando o principal distribuidor da companhia aérea. A parceria poderá desenvolver iniciativas estratégicas, fornecimento de energia elétrica e comercialização de combustível de aviação sustentável (SAF).
No trimestre, a penetração dos produtos Shell V-Power representou 20% das vendas de gasolina no Brasil e 67% na Argentina. Também foi lançada a nova fórmula dos combustíveis aditivados, com tecnologia de ponta que auxilia na performance e rendimento dos motores, proporcionando um uso mais eficiente do combustível e redução de emissões de CO2.
Outra novidade foi a criação de uma Unidade de Serviços Financeiros, por meio da aquisição da Payly — instituição de pagamento já integrada à gestão do aplicativo Shell Box. A Raízen vislumbra um potencial de volume (GMV)1 de mais de R$200 bilhões considerando todo o ecossistema da Raízen.
Já o Shell Box segue em ritmo de crescimento, com mais de 20 milhões de transações e mais de 50% dos postos credenciados (+4.600 postos) transacionando na plataforma cerca de R$ 6 bilhões no Brasil e USD 42 milhões na Argentina, nos últimos 12 meses.
A Raízen aumentou as vendas de açúcar direto ao destino, com expansão de sua atuação na cadeia de valor para a oferta de açúcar bruto 100% rastreável, produzido a partir da cana de açúcar geneticamente não modificada. A companhia celebrou contratos com a ASR e Lantic Inc, por exemplo, para suprimento e comercialização de açúcar non-GMO. A Raízen atingiu 27% da sua produção de açúcar já comercializado para os próximos 10 anos.
Comprometida com a agenda ESG e sempre investindo em inovação para desenvolver soluções sustentáveis e rentáveis, a companhia firmou diversas parcerias que impulsionarão a descarbonização, principalmente em setores com alta emissão de gases de efeito estufa. Nesse sentido, a Raízen assinou um acordo de cooperação com Shell e USP para a produção de hidrogênio renovável (H2) a partir do etanol de cana.
A iniciativa surge como uma solução de baixo carbono para transporte pesado, incluindo caminhões e ônibus, com o primeiro posto a hidrogênio de etanol do Brasil e no mundo, previsto para operar a partir de 2023, na Cidade Universitária, campus da USP. Outro destaque foi o contrato fechado com a Scania para fornecimento médio de 7.800 metros cúbicos de biometano por dia, que será utilizado na operação industrial da fabricante a partir de 2024.
Fonte: Vivian Tiemi