Uma samambaia, Pteris vittata, também conhecida como samambaia chinesa, promete reduzir tanto o tempo quanto os custos associados à limpeza de arsênico. É única porque pode acumular-se hiperativamente e tolerar níveis muito elevados de arsênico que absorve a partir do solo, sequestrando o elemento tóxico em seu interior.
Os cientistas determinaram agora como essa samambaia faz isso. Jody Banks, professora de botânica e fitopatologia em Purdue, nos Estados Unidos, e sua equipe descreveram os mecanismos genéticos e celulares que controlam a tolerância ao arsênio na samambaia em um artigo publicado na revista Current Biology. As descobertas podem um dia levar à modificação de outras plantas que remediariam o arsênico de solos contaminados com mais rapidez e eficiência.
“Outros pesquisadores mostraram que essa samambaia, quando cultivada em solos contaminados com arsênico, pode eliminar quase 50% do arsênico em cinco anos”, disse Banks. “Leva tempo, mas é barato”, completa a pesquisadora em sua declaração.
Uma vez dentro das células, tanto humanas quanto vegetais, o arsênico leva à morte celular, seja por estresse oxidativo ou por interferir na capacidade da célula de produzir ATP, uma molécula que fornece energia às células. Mas a samambaia tem mecanismos que protegem contra esses efeitos.
Os pesquisadores descobriram que o silenciamento de cada um desses genes leva à morte da planta na presença de arsênio, o que demonstra sua importância na tolerância ao arsênico. Ao testar as funções das proteínas codificadas por esses genes, eles mostraram que essas proteínas podem trabalhar juntas para essencialmente neutralizar o arsênico uma vez dentro da célula.
Fonte: Agrolink / Por: Leonardo Gottems