No fechamento da última sexta-feira (15/2) houve maior número de frigoríficos testando preços abaixo das referências, entretanto, o número de negócios efetivados nestas condições foi pequeno. Na maioria das praças o que se observou ao longo da semana passada foi um cenário com as cotações andando de lado. Na média das 32 praças pesquisadas pela Scot Consultoria, a arroba do boi gordo fechou praticamente estável, com ajuste negativo de 0,1%.
No mercado atacadista de carne bovina com osso, a carcaça de bovinos castrados fechou cotada em R$10,23/kg, o que representou uma alta semanal de 0,6%. Vale ressaltar que essa variação foi puxada pelos ajustes positivos da ponta de agulha e dianteiro, uma vez que o traseiro teve desvalorização ao longo da última semana.
Conforme vamos entrando na segunda metade do mês, esse movimento de queda do traseiro é natural dada a menor demanda pelos cortes nobres. A margem de comercialização das indústrias que fazem a operação de desossa está em 15,8%, patamar abaixo da média histórica, em torno de 20,0%.
Mercado do couro verde com preços em baixa
De todos os subprodutos produzidos a partir do bovino, o couro foi o que teve a maior desvalorização nos últimos doze meses. Em um ano, a cotação do couro verde de primeira linha caiu 44,8%, considerando a região do Brasil Central, e, pelo menos até o momento, não há nada que indique uma retomada de preço.
Segundo levantamento da Scot Consultoria, na região, o couro verde está cotado, em média, em R$0,80/kg, considerando o produto de primeira linha. No Rio Grande do Sul, a cotação caiu e o couro verde comum está cotado, em média, em R$1,20/kg. Desvalorização de 7,7% frente a semana anterior. Para o curto prazo a expectativa é de que o mercado do couro siga sem força para que haja reação de preços.
Suíno: boa movimentação na primeira quinzena de fevereiro
Nas granjas paulistas, o animal terminado teve valorização de 4,4% nos preços na última semana. Atualmente o suíno terminado está cotado, em média, em R$71,00 por arroba. No atacado, a alta em igual comparação foi de 10,1%. A carcaça passou de R$5,45 por quilo para os atuais R$6,00 por quilo.
A medida que as conhecidas “contas de início de ano” vão sendo quitadas, o ânimo do consumidor melhora e a demanda por proteínas começa a crescer. Outro fator é sazonalidade de início de mês, no qual as vendas geralmente apresentam uma melhora. Com relação a exportação, os embarques estão mais aquecidos neste início de mês. Segundo a Secretária de Comércio Exterior (Secex), a média diária embarcada de carne suína in natura nas duas primeiras semanas de fevereiro ficou 49,6% e 35,7% maiores que janeiro último e que igual período do ano passado, respectivamente.
Fonte: Scot Consultoria