Segurança no campo – Georreferenciamento é discutido na ALRS

ALRS debate sobre programa de georreferenciamento para segurança no campo. A tecnologia pode ajudar a aumentar a segurança no campo

A tecnologia pode ajudar a aumentar a segurança no campo. Com o objetivo de implementar o Programa Propriedade Segura, baseado no georreferenciamento das propriedades rurais do interior gaúcho, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Ernani Polo, propôs na quarta-feira (20/05) uma videoconferência para a apresentação da iniciativa pelo presidente da Emater/RS, Geraldo Sandri, ao vice-governador e secretário estadual da Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior, à chefe de Polícia, Nadine Anflor, e ao secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho.

Na reunião virtual, foi apresentado o projeto que já está implementado nos municípios de Colorado, Ibirubá e Getúlio Vargas. Com apoio de prefeituras, órgãos de segurança e iniciativa privada, funciona nessas cidades um sistema que permite a integração de mapas com ruas e estradas do interior e as coordenadas de cada propriedade rural. Com esse georreferenciamento em operação, órgãos de segurança pública têm acesso a rotas de deslocamento mais eficientes e rápidas em caso de ocorrências, por meio da navegação por um sistema de GPS.

Ex-secretário estadual da Agricultura e com origem no campo, o deputado Ernani Polo abriu o encontro relatando as dificuldades de se localizar algumas propriedades afastadas durante ocorrências policiais. O objetivo do programa é garantir mais agilidade no deslocamento e atendimento, uma vez que o sistema é capaz de apresentar rotas mais eficientes, diminuindo as distâncias percorridas e custos. A ideia é envolver Brigada Militar, Polícia Civil e, eventualmente, Corpo de Bombeiros, ajudando a aumentar a segurança no campo. A experiência foi muito exitosa em Colorado, Ibirubá e Getúlio Vargas. A ideia agora é ir avançando e atingir todos os municípios. Num primeiro momento, seria importante ter uma cidade participante em cada região da Famurs, como forma de servir de modelo aos demais, afirmou Polo, acrescentando a intenção de incluir no futuro Farsul e Fetag na iniciativa.

Outro fator positivo é que, com a identificação das propriedades incluídas, a placa do projeto com as coordenadas geográficas pode servir como elemento de repulsão à ação de criminosos.

O presidente da Emater/RS, Geraldo Sandri, lembrou que a ideia do Programa Propriedade Segura teve origem a partir de uma parceria da Instituição com as autoridades dos municípios de Ibirubá e de Colorado. Nesses municípios nos atuamos na mobilização dos agricultores para a colocação de uma placa com o georreferenciamento da propriedade. Essas informações foram disponibilizadas para os órgãos de segurança que, em caso de necessidade, conseguem localizar com facilidade as propriedades. A Emater conhece muito bem o interior, conhecendo bem os caminhos e pode ajudar muito nesta questão, enfatiza Sandri.

O delegado Ranolfo se comprometeu a encaminhar o tema para a área técnica da Secretaria da Segurança Pública, para uma análise de viabilidade e de custos nos municípios que já implementaram o programa. Num segundo momento, a ideia é elaborar um plano de implementação estadual com ajuda da Famurs. Sem dúvida, é algo muito interessante para todos, disse. Já a delegada Nadine relatou que conheceu o programa em Getúlio Vargas, onde o sistema já ajudou a Polícia Civil em investigações e até em capturas de foragidos. A sugestão é integrar a iniciativa ao programa RS Seguro, do governo do Estado.

Participaram da reunião, ainda, o diretor-geral da Famurs, José Scorsatto e o assessor técnico da entidade Ismael Horbach, o diretor técnico da Emater e superintendente técnico da Ascar, Alencar Paulo Rugeri, e a deputada estadual Silvana Covatti.

Fonte: Emater/RS