O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) promoverá, entre os dias 4 e 13 de abril, missão técnica que percorrerá a Austrália e a Nova Zelândia. O objetivo das visitas é conhecer experiências e tecnologias aplicadas à produção animal nos países que são referência mundial na área. Eurípedes Bassamurfo da Costa, superintendente do Senar Goiás, representará o estado na comitiva.
“A partir da visita a estes dois países que possuem tanta similaridade com o nossa realidade em termos de produção animal, esperamos ampliar nossos conhecimentos e ter acesso às inovações tecnológicas e, que em nosso retorno, possamos somar isso ao trabalho desenvolvido em cada regional”, destaca a coordenadora de Capacitação Técnica do programa de Assistência Técnica e Gerencial do Senar Central, Janete Lacerda de Almeida. “Ademais, alguns dos encontros nos permitirão avaliar a viabilidade de intercâmbios tecnológicos posteriores, que possam qualificar ainda mais a nossa ação educadora no campo”, completa.
A viagem começa pela Austrália, com uma visita a uma exposição agropecuária, focada em bovinos de corte e ovinos. Em Sidney, o grupo do Senar fará contatos com membros de entidades ligadas à cadeia de carnes e na cidade de Daylesford vai conhecer uma fazenda com tradição de 100 anos na produção de lã fina, um dos maiores criatórios de ovinocultura do Estado de Victoria. Visita a uma propriedade de ovinos da raça Merino, criados em regime extensivo, numa região de alta deficiência hídrica, também está no roteiro.
Em Auckland, na Nova Zelândia, a missão técnica do Senar tem uma reunião com a cooperativa Fonterra, composta por produtores que dominam cerca de 85% da produção e industrialização do leite no país, além de ser um importante “player” de lácteos no mercado mundial. Depois o grupo fará uma excursão para a Região de Waikato. Lá, acompanhados por um representante da “Livestock Improvement” – LIC (Melhoramento de Gado da Austrália – Inseminação Artificial em Gado de Leite), os brasileiros conhecerão uma fazenda com mais de 330 vacas leiteiras e um haras que lidera a criação da raça Puro-Sangue Inglês na região da Australásia. O compromisso de encerramento nessa região será no Instituto de Tecnologia de Waikato (WINTEC), em Hamilton.
Na área de North Canterbury, no leste da Nova Zelândia, eles vão visitar uma fazenda de alta qualidade, com 10 mil hectares e que atualmente conta com 15 mil carneiros e 1,5 mil cabeças de gado. Em Mid-Canterbury, outra fazenda, especializada na produção de cordeiro prime, que conta com três mil ovinos, 600 cabeças de gado e 450 acres (aproximadamente 182 hectares) de cultivo. Também haverá uma parada em uma propriedade de pecuária leiteira, com uma unidade de produção com mil vacas e instalações de alta tecnologia. A última etapa do roteiro está marcada para Christchurch, onde a comitiva será recebida na Universidade Lincoln.
Parcerias para os Centros de Excelência
Além do superintendente do Senar Goiás, Euripedes Bassamurfo da Costa, compõe a delegação os superintendentes em Mato Grosso do Sul, Rogério Tomithao Beretta; no Pará, Walter Cardoso; no Rio Grande do Sul, Gilmar Tietböhl; no Espírito Santo, Neuzedino Alves Victor de Assis; e em Santa Catarina, Gilmar Antônio Zanluchi. Além deles, participam da viagem o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC), Flávio Viriato de Saboya Neto; o superintendente adjunto da Bahia, Humberto Miranda Oliveira; e a chefe da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura (Mapa), Tânia Mara Garib.
O chefe Departamento de Inovação e Conhecimento (DIC) do SENAR, Luis Tadeu Prudente Santos, que também estará na comitiva, explica que o grupo vai conhecer experiências exitosas e articular contatos com diversos parceiros internacionais. “Teremos a oportunidade de conhecer novas tecnologias aplicadas na produção animal e, também, as diversas iniciativas adotadas para garantir uma formação de excelência e a capacitação dos produtores e trabalhadores rurais. Vamos apresentar o projeto dos Centros de Excelência do SENAR, especializados em cadeias produtivas e gestão, que esperamos enriquecer, ainda mais” conclui.