Além de sustentável, a técnica permite uma economia de R $1.800,00 a cada 100 estacas substituídas
No assentamento Canudos, em Palmeiras de Goiás, a empreendedora rural Leoneide Batista, juntamente com a filha, produz geleias de amora, cagaita, tamarindo, mexerica, entre outras frutas do Cerrado. O trabalho é basicamente de agricultura familiar. Para aumentar a renda, ela percebeu que era preciso ter uma diversificação cada vez maior de produtos, por isso procurou o Sindicato Rural de Palmeiras de Goiás e passou a contar com a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do SenarGoiás. “Meu grande sonho era ter uma plantação de maracujá, porque é uma fruta da qual se aproveita tudo. Posso usar a polpa para as geleias e a casca para fazer a pectina, farinha. É uma fruta com muitas possibilidades”, destaca.
No entanto, a empreendedora rural afirma que não consegue fazer os investimentos necessários para comprar estacas de eucalipto e, assim, fazer a estrutura para o maracujazeiro se alastrar e produzir. Se por um lado faltam recursos, por outro não faltam iniciativas e técnicas para ampliar o negócio. É o que conta o técnico de Campo de Horticultura do Senar Goiás, Sidarta Oliveira. Ele vem utilizando o bambu como uma alternativa barata e sustentável para o desenvolvimento das plantas de cipó, como chuchu, abóbora, pepino e também para frutas. “Geralmente se usam postes de madeira, no caso de eucalipto, com alto custo. Mas o bambu vem substituir esses postes de eucaliptos com custos praticamente zero para o produtor”, explica.
De acordo com ele, a estrutura pode durar até três anos. Com essa técnica, por exemplo, Leoneide plantou 100 mudas de maracujá e está fazendo a colheita da primeira safra que já é base para as receitas dela. Os produtos têm sido muito bem aceitos na feira agroecológica de Goiânia. “Eu resolvi colocar o bambu, porque barateou demais o plantio e é uma forma bem segura. Para mim, deu muito certo. Dá o mesmo resultado de outra madeira, só que custando muito menos. Essa orientação do Senar Goiás com certeza contribui muito para diversificar minha produção aqui no assentamento”, enfatiza ela.
No município de Palmeiras de Goiás, na Fazenda Brisa Mansa, também fica a plantação de maracujá do casal Sebastiana Santos e Cleomar de Oliveira. Enquanto o marido trabalha auxiliando produtores no plantio e colheita de grãos, ela faz alguns bicos de diarista. Eles moram em uma propriedade, onde o dono cedeu uma área para o cultivo da fruta. Mas não tinham como fazer um grande investimento em estrutura, até porque a família precisava aumentar a renda.
“O técnico Sidarta, do Senar Goiás, nos mostrou que o bambu daria um ótimo resultado no espaço que tínhamos. Assim, com a orientação dele, construímos o estaleiro e plantamos um pouco mais de 200 mudas. Começamos a colher em novembro e deve ir até fevereiro. Como é a primeira safra, a média está, em torno, de 80 quilos por semana. Vendemos em Palmeiras de Goiás e em Palminópolis. O dinheiro está ajudando a fazer as despesas da casa e ainda sobrando para a economia. Com isso queremos ampliar a plantação”, explica Sebastiana.
O técnico de Campo do Senar Goiás, Sidarta Oliveira, conta que Cleomar solicitou a Assistência Técnica e Gerencial do SenarGoiás no Sindicato Rural de Palmeiras e, logo que começou o trabalho, veio o desejo do produtor de plantar 200 pés de maracujá. “Ele estava fazendo as contas de como comprar a madeira. Disse que isso poderia sair a um custo quase zero com a substituição pelo bambu. Cleomar, então, deixou de comprar 100 postes de eucaliptos, cada um custando R$ 18 e assim economizou R$ 1.800. Ambos os produtores estão indo bem, melhorando ainda mais o aproveitamento e a sustentabilidade na propriedade, diminuindo ainda mais o uso de madeira e o corte delas, conclui.
Para ter acesso a Assistência Técnica e Gerencial do SenarGoiás, a orientação é procurar o Sindicato Rural da sua região. Hoje, são oito cadeias disponíveis de ATeG:
-Horticultura
-Fruticultura
-Pecuária de leite
-Pecuária de corte
-Grãos
-Apicultura
-Piscicultura
-Agroindústria Artesanal
Além da ATeG, o Senar Goiás tem um treinamento voltado para o cultivo do maracujá. Acesse: https://sistemafaeg.com.br/senar/cursos-e-treinamentos/agricultura/fruticultura-maracuj.
Comunicação Sistema Faeg/Senar