Integrando a Semana Interna de Prevenção a Acidentes de Trabalho (Sipat 2015), os colaboradores do Sistema Faeg e do Senar Goiás, participaram, nesta quarta-feira (25) da palestra “Alimentação Saudável”, com a nutricionista Pollyane Reis. Especialista em nutrição clínica e esportiva, a profissional, que trabalha na República da Saúde, falou sobre a importância de não se ater às dietas da moda e de como a alimentação pode influenciar na vida emocional, profissional e na saúde das pessoas.
Em tom de brincadeira, Pollyane citou um vídeo do grupo Porta dos Fundos, que fala exatamente sobre os modismos quando o assunto é dieta. “Em uma semana o ovo é a salvação, na outra ele é proibido. Tem gente que corta glúten e lactose sem nem saber a funcionalidade dos alimentos, achando que vai emagrecer. Há quatro anos descobriram que a babosa poderia ajudar a emagrecer e o que tivemos foi um alto número de pessoas intoxicadas porque tomavam mais de um litro por dia. É preciso levar a alimentação mais a sério”, completou.
Com algumas ilustrações em forma de descontração, a nutricionista também falou sobre os excessos e da dificuldade em abandonar certos hábitos de forma imediata. “Recebo pacientes que tomam cinco litros de refrigerante por dia. Não posso pedir para esta pessoa cortar a bebida imediatamente. Se isso ocorre, ela toma raiva da dieta, de mim e de todos os nutricionistas do mundo”, afirmou.
Com dados do Estudo Nacional de Despesas Familiares (Endef) e do Programa de Orçamentos Familiares (POF), Pollyane falou sobre o consumo de refrigerante per capita no país, nos últimos anos. Em 1975, a média era de 7 litros/pessoa/ano. Em 1987, a média subiu para 16,2 litros/pessoa/ano. Já em 2005, os números chegaram a 30 litros/pessoa/ano e, por fim, em 2009, 77 litros/pessoa/ano. “Este é um dos grandes exemplos de que vivemos numa geração de excessos e o refrigerante, por exemplo, traz grandes problemas à alimentação”, finalizou.
Comida é sentimento
“As pessoas não se convidam para ir a uma biblioteca, por exemplo. Mas, com frequência, nos convidamos para uma refeição. Comida envolve sentimento, carinho, afeto. Já cuidei de um pequeno atleta de 10 anos que perdeu a produtividade ao vir morar em Goiânia. Ele era do Nordeste e acabamos descobrindo que ele sentia falta da comida da avó, com quem morava antes. Quando vamos elaborar uma dieta, precisamos ponderar tudo isso. Dietas são individuais, não adianta seguir a revista da semana”, encerrou Pollyane.
Por: Catherine Moraes