Sipcam Nichino lança inseticida único no país para controlar psilídeo-dos-citros, vetor do greening

A companhia Sipcam Nichino tornou-se pioneira no Brasil no desenvolvimento de uma solução inseticida para controle do inseto psilídeo-dos-citros, vetor da doença greening, que se intensifica nos pomares do cinturão de São Paulo e Minas Gerais. Conforme a empresa, o manejo do ‘psilídeo’ ancorado na nova tecnologia, cujo principal ingrediente ativo chama-se buprofezina, mostra-se economicamente viável e agronomicamente eficaz, com indicadores de controle de 80% a 100% de populações do inseto.

O lançamento oficial do inseticida ocorreu na última quinta-feira (11), em Ribeirão Preto, em reunião temática do Grupo “Eloos Citros”, plataforma que reúne consultores independentes e agrônomos da companhia. A abrangência do ‘Eloos’ acrescenta a empresa, são as culturas estratégicas. O grupo faz recomendações de inseticidas, herbicidas, fungicidas e de bioestimulantes.

Durante o evento, o especialista Fernando Amaral, do Fundecitrus – Fundo de Defesa da Citricultura – fez uma apresentação sobre a resistência do psilídeo-dos-citros a inseticidas em linha no país. A relevância das ‘ninfas’ do inseto na transmissão do greening foi tema do consultor João Roberto Spotti Lopes. Já o professor Pedro Yamamoto, da Esalq-USP, tratou da biologia do ‘psilídeo’. O encontro teve ainda palestras de agrônomos da equipe Sipcam Nichino Brasil.

Conforme o engenheiro agrônomo Marcelo Palazim, da Sipcam Nichino, o novo Fiera® atua com eficácia frente aos diferentes estágios de desenvolvimento do psilídeo-dos-citros, e demonstra também ação efetiva sobre a ‘ninfa’ do vetor do greening, “fase considerada pelos especialistas a mais crítica do inseto na transmissão da doença”, ele salienta.

“Fiera® age por contato e vapor. A recomendação é fazer duas aplicações com intervalos de sete dias, nos períodos de maior ocorrência de brotações do pomar, quando há pressão intensa da praga”, continua Marcelo Palazim. Segundo ele, Fiera® passou por estudos conduzidos pelo IAC – Instituto Agronômico, na Estação Experimental Sylvio Moreira, em Cordeirópolis-SP, antes de chegar ao mercado.

Acaricida no manejo

Outro produto de ponta, o acaricida Fujimite® também passou a ser utilizado no manejo do psilídeo-dos-citros após avaliações do Grupo Eloos Citros. Sua ação, combinada à de Fiera®, diz a companhia, reforça medidas de contenção da doença e auxilia no manejo de resistência da praga a inseticidas.

Alcance da doença

Recentemente, o pesquisador Gilberto Tozatti, da Citrus Consulting, declarou que a prevalência de preços baixos para a caixa de laranja de 40,8 kg nos últimos anos desmotivou produtores a investir no controle do greening. Esse cenário, ele frisou, resultou numa ‘explosão’ do psilídeo-dos-citros. Tozatti calculou que na safra em andamento o greening deverá avançar de 38% para, possivelmente, mais de 50% dos pomares do cinturão citrícola de São Paulo e Minas Gerais.

Dados do Fundecitrus indicam registros de prejuízos da ordem de R$ 3,5 milhões, em 2023, a determinadas propriedades, em virtude da alta intensidade da doença.

“O greening representa a principal preocupação do citricultor e causa perdas robustas na produtividade, além de empurrar para cima o preço da laranja. A estratégia de manejo da Sipcam Nichino, corretamente empregada, associada a outras medidas de contenção da doença, tende a reduzir danos e entregar rentabilidade ao produtor”, conclui Marcelo Palazim, da Sipcam Nichino.

Fonte: Fernanda Campos