Os preços da soja operam em campo misto na manhã de sexta-feira (12) na Bolsa de Chicago. Por volta de 8h (horário de Brasília), as dus primeiras posições – agosto e setembro – perdiam 6,25 e 0,25 pontos – enquanto as duas seguintes – novembro/16 e janeiro/17 – subiam 0,75 e 1,25 ponto, cotadas a, US$ 9,84 por bushel, ambas.
A pouca movimentação do mercado reflete, como explicam analistas e consultores, a busca dos traders por um bom posicionamento antes da chegada dos novos número do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em seu reporte mensal de oferta e demanda que chega hoje, às 13h (horário de Brasília). E as expectativas são grandes.
As informações mais esperadas são as de produtividade, já que são as primeiras dessa temporada baseadas em pesquiss de campo, e as de demanda, depois das fortes notícias de compras da China e demais importadores nos últimos dias.
Confira as expectativas do mercado e, na sequência, veja como fecharam os negócios nesta quinta-feira:
>> USDA: Expectativas indicam robusta safra de milho dos EUA e estoques globais de soja ajustados
Soja fecha estável na Bolsa de Chicago nesta 5ª feira às vésperas do novo USDA
Às vésperas da divulgação do novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), o mercado internacional da soja fechou com estabilidade nesta quinta-feira (11). Ao lado das expectativas para os números atualizados, os preços encontraram, por outro lado, suporte nas boas informações que chegaram da demanda.
Dessa forma, os principais contratos fecharam a sessão na Bolsa de Chicago subindo entre 1,50 e 5,25 pontos, com as altas mais fortes sendo observadas nas posições mais próximas. O setembro/16 encerrou o dia, portanto, com US$ 10,01 e o novembro/16, referência para a nova safra dos EUA, com US$ 9,84 por bushel.
Durante todo o pregão, o mercado manteve sua postura defensiva, sem indicar oscilações muito expressivas, com o objetivo de preservar sua cautela e de buscar um posicionamento antes da chegada do boletim do USDA, já que as expectativas para o relatório são fortes e poderão, segundo acreditam analistas e consultores, confirmar a disputa por espaço entre os fundamentos de oferta – com a grande safra esperada para os EUA – e demanda, com um consumo mundial crescendo de forma expressiva.
“Não importa o tamanho da safra de soja norte-americana, qualquer acréscimo já está superado pela considerável aumento do consumo mundial”, diz Liones Severo, consultor de mercado do SIM Consult.
Veja as íntegra das expectativas do mercado para o boletim de agosto:
>> USDA: Expectativas indicam robusta safra de milho dos EUA e estoques globais de soja ajustados
E nesta quinta-feira, mesmo diante dessas projeções que indicam a produção 2016/17 dos EUA podendo chegar a até 110 milhões de toneladas, novos anúncios de venda pelo USDA e os números das vendas semanais para exportação norte-americanas renovaram o sentimento de que a demanda forte ainda é um importante pilar de suporte para as cotações.
Foram vendidas 249 mil toneladas de soja do ano comercial 2016/17, sendo 120 mil para a China e 129 mil para destinos não revelados. Além disso, os EUA venderam ainda 100,460 mil toneladas de farelo para o México, sendo 72,122 mil da temporada 2016/17 e mais 28,338 mil da 2017/18. E nesta semana, o USDA já informou as vendas de outras 366 mil toneladas de soja.
Ainda com números do USDA chegou ao mercado o reporte semanal de vendas para exportação, mostrando que, na semana encerrada em 4 de agosto, os EUA venderam 3.100,200 milhões de toneladas de soja em grão e o volume superou as expectativas do mercado, que eram altas e variavam entre 2,1 e 2,9 milhões de toneladas. Do total, a maior parte foi da safra 2016/17, sendo 2.792,2 milhões, com a maior parte sendo adquirida pela China. Já da temporada 2015/16, foram vendidas 308 mil toneladas, com o Vietnã como maior comprador.
Mercado Brasileiro
No mercado brasileiro, os negócios seguem travado, sem ritmo e com poucos volumes. Os preços, por sua vez, perderam a direção comum e fecharam o dia em campo misto entre as principais praças de comercialização. Nos portos, os valores subiram. Em Paranaguá, alta de 1,23% para R$ 82,00 no disponível e estável em R$ 77,00 no mercado futuro. Em Rio Grande, o disponível subiu 1,29%, para R$ 78,50, e 1,58% para R$ 77,50 no fututo.
Em praças de São Paulo, as altas chegaram a bater em mais de 4%, levando as cotações de volta a superar os R$ 70,00 por saca, em contrapartida, no oeste da Bahia, baixa de mais de 3% para R$ 64,33 ou em Jataí/GO, com queda de 0,31%, para R$ 64,80 por saca. Confira as cotações completas no link abaixo: