Os preços da soja praticados na Bolsa de Chicago, mais uma vez, intensificam suas baixa na sessão desta terça-feira (19) e, perto de 12h30 (horário de Brasília), perdiam mais de 30 pontos, com as posições mais distantes já atuando na casa dos US$ 10,30 por bushel. O novembro/16, que é referência para a nova safra dos EUA, era negociado a US$ 10,33.
Enquanto as últimas previsões climáticas para o Corn Belt indicam a chegada de uma fortíssima onda de calor para esta semana, com as temperaturas podendo passar dos 40ºC em importantes regiões produtoras americanas, a nova safra do país continua se mantendo em boas forma e o cenário acentua a volatilidade, o que é típico deste momento.
De acordo com os últimos números do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), no final da tarde desta segunda-feira (18), ainda há 71% das lavouras de soja em boas ou excelentes condições. São ainda 22% das plantações em situação regular e 7% em condições ruins ou muito ruins. O departamento informou também que 59% dos campos estão em fase de florescimento. Na semana anterior, eram 40%, em 2015, 51% e na média plurianual, 49%. Em formação da vagens estão 18% das lavouras, contra 7% da semana anterior, 13% da média e 14% do ano passado, nesse mesmo período.
“O mercado ainda está nervoso com os modelos climáticos mudando muito, por dias consecutivos, e sem consistência”, informou, em nota, a consultoria internacional Benson Quinn Commodities. A incerteza, portanto, se dá sobre a expectativa de essas condições de calor extremo serem tão ameaçadoras às lavouras quanto se teme.
No entanto, o mês de agosto, como explica o analista de mercado da AgRural, Fernando Muraro, será o mês de definição para a nova temporada e essa condição também permanece como fator de atenção para os traders. Ele explica ainda que, por ora, a safra 2016/17 está em excelentes condições, porém, condições climáticas adversas mais adiante ainda poderiam trazer mudanças na produção.