Empresa oferece solução para produção de bioinsumos nas fazendas e teve aumento significativo no valor de projetos comercializados
A guerra na Ucrânia e a Covid-19 na China ocasionaram uma crise no abastecimento de fertilizantes no Brasil e fizeram com que o país, que já era líder no consumo de bioinsumos, tivesse uma demanda ainda maior pelos produtos biológicos. Esse aumento já é notório nos negócios. Prova disso são os últimos números divulgados pela SoluBio, empresa de biotecnologia que oferece uma solução para que os agricultores produzam seu próprio bioinsumo nas fazendas. Ela teve um aumento de 573%, no valor de projetos comercializados no primeiro semestre de 2022 em comparação com o mesmo período de 2021.
De acordo com o Chief Revenue Officer (CRO) da SoluBio, Mauricio Schneider, a complicação de logística no fornecimento, os altos juros e a falta de insumos foram fatores que, junto com os investimentos da empresa, fizeram com que os resultados fossem os maiores já vistos desde sua criação, em 2016.
“Nos últimos 12 meses investimos R$ 100 milhões na nossa fábrica, em Jataí, Goiás, e tivemos um investimento de R$ 100 milhões do Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) Verde, que usamos para viabilizar 150 novos projetos. Como a empresa funciona no sistema de comodato dos equipamentos e laboratórios, ela necessita de mais investimentos e nós já estávamos mirando o crescimento. Vale ressaltar que a conjuntura global contribuiu significantemente para que isso acontecesse”, afirma.
A expectativa para o segundo semestre é manter o nível de crescimento: implantar 150 projetos, chegando a um total de 300 novos até o fim do ano, o que significaria um valor de R$ 700 milhões em contratos. Ainda neste período, a empresa vai dar início a sua operação no exterior, mirando a América Latina e os Estados Unidos.
“Vamos instalar centros de distribuição de produtos no Paraguai e na Colômbia, que vão receber biofábricas e insumos que exportaremos. Já nos Estados Unidos teremos, pelo menos, uma fábrica”, compartilha Mauricio.
Também está nos planos da empresa inaugurar, neste segundo semestre, o Centro de Inovação, em Brasília, sob o comando da doutora e bióloga Rose Monnerat, que foi pesquisadora da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) por 35 anos.
“Esse projeto é importante para que possamos trazer novos produtos para o mercado. Investimos R$ 30 milhões em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) neste ano e estamos com novos lançamentos importantes para acontecer nos próximos seis meses, que são: a produção de microalgas e macrobiológicos nas fazendas; uma linha de nutrição específica e compatível para biológicos; e uma linha de vírus”, finaliza Mauricio.
Fonte: Luciane Sarabando