“O sorgo é cultivado em duas safras, sendo que a segunda safra mineira é a mais expressiva, representando mais de 96% do total da produção da cultura em Minas Gerais. A recorrente falta de chuvas impulsionou o cultivo de sorgo para amenizar os riscos com a seca e as altas temperaturas. O que garante maior estabilidade na produção”, explica o assessor técnico da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), Francisco Augusto Lara.
O pesquisador da Epamig Carlos Albuquerque ressalta que o uso na alimentação humana também vem atraindo pessoas que evitam alimentos com glúten. “Além do uso na forma de silagem, pastagem e na forma de ração, o sorgo pode ser utilizado na alimentação humana. Isso é comum em países africanos, onde o milho não é produzido devido aos problemas com escassez de chuva”, explica.
“Acredito que a continuidade de pesquisas envolvendo esses grupos de sorgo é fundamental para que possamos obter mais uma alternativa de energia renovável para o Brasil”, avalia o pesquisador.
Segundo o coordenador de culturas da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG) em Montes Claros, Reinaldo Nunes de Oliveira, “com as chuvas dos últimos dias pode-se constatar que a cultura do sorgo apresentou uma recuperação satisfatória, situação que não ocorreu com o milho”.