A Tecnoshow Comigo traz, para seus visitantes, novidades tecnológicas em máquinas, implementos, insumos, genética animal e cultivares, contemplando pequenos, médios e grandes produtores interessados em investir na produção agropecuária. No entanto, a feira também abre espaço para as pessoas que ainda não possuem uma atividade rural ou pequenos agricultores familiares, que desejam iniciar um novo tipo de produção, com baixo investimento inicial. É o caso da avicultura caipira, tanto de corte, quanto para ovos. O assunto foi tema de duas palestras ministradas durante a feira nesta terça-feira, 28 de março, dentro da programação das Dinâmicas de Pecuária.
A zootecnista e instrutora do Senar Goiás, drª Júlia Marixara Sousa da Silva, que abordou a temática na feira, considera que esse espaço é importante e pode trazer mais produtores para a atividade, gerando renda para essas famílias. “A Tecnoshow não é só para o grande, então a gente se preocupou em trazer palestras e dinâmicas que vão atender o pequeno produtor, pensar na agricultura familiar. É extremamente importante essa abertura que a feira traz para o pequeno produtor, porque às vezes a pessoa tem o foco nas novas tecnologias, mas também pode pensar nessa atividade enquanto pequeno produtor”, salientou.
A primeira palestra teve como tema “Produção de ovos caipira”. De acordo com a palestrante, por mais que a produção industrial seja forte, a estimativa é de que do total produzido, 40% sejam da atividade caipira, que às vezes não é informada. “É um mercado muitas vezes informal, mas que tem grande importância na economia. Trouxemos técnicas para melhorar essa produção de ovos para o pequeno produtor. Às vezes, ele está lá com as galinhas no fundo do quintal e acha que a atividade não é lucrativa. E eu trouxe técnicas para melhorar essa produtividade”, comentou.
Já na segunda palestra ministrada no período vespertino, o foco foi centrado em “Técnicas de produção de frango caipira”. A instrutora trouxe boas práticas voltadas para a produção de carne de frango caipira. “São técnicas como manejo, instalação, programa de luz, questões de instalações, como o Mapa [Ministério da Agricultura e Pecuária] vê a produção de ovos caipiras e etc.” Ela também alertou sobre a questão da sanidade, já que “a gente teve a notícia que não vamos poder vender essas aves vivas nas nossas feiras e entender o porquê foi preciso tomar essa medida para evitar a questão da influenza aviária aqui na região”, complementou.
De acordo com a palestrante, além do conhecimento, o produtor interessado em investir na atividade também pode adaptar as tecnologias encontradas na feira para desenvolver sua produção de frangos e ovos caipira. “Quando a gente fala na produção de aves, o pessoal pensa naqueles galpões industriais, com grandes equipamentos e a gente vê que muitos deles, que a gente usa na avicultura industrial, podemos aproveitar na avicultura caipira, como bebedouros e comedouros automáticos, equipamentos para ambiências, como ventiladores e exaustores. A gente tem bastante oportunidades de tecnologias que podem ser adaptadas para o sistema caipira com um custo adequado para a produção caipira”, finaliza.
Fonte: Assessoria de Imprensa – Tecnoshow COMIGO