Workshop busca soluções para desafios da cotonicultura

O workshop Construindo Soluções Inovadoras para os Desafios Diários da Cotonicultura reuniu dezenas de participantes em um encontro em que a construção das respostas aos obstáculos do campo se deu de forma coletiva. A abertura foi feita pelo coordenador científico do 12º CBA, Jean Bèlot, que trabalhou de maneira a proporcionar a interação entre todos os participantes. “Queremos usar o conhecimento de vocês para saber do que precisam. Desse feedback sairão ideias que poderão ser concretizadas”, diz.

Tatiana Espíndola é facilitadora e moderadora de planejamento e conduziu o trabalho. “Onde há mais de três pessoas decididas a pensar juntos, eu entro para ajudar”, explica. O trabalho do workshop se fundamenta no diálogo e na co-criação como forma de atingir os objetivos. Os participantes foram divididos em grupos, nos quais participaram produtores, pesquisadores, técnicos, estudantes e empresários. Estes grupos trabalharam quatro temas: a); Quais os desafios e soluções inovadoras para encaixar o cultivo do algodoeiro na fazenda?; b) Quais os desafios e soluções inovadoras para resolver o operacional no dia a dia do manejo do algodoeiro?; c) Quais os desafios e soluções inovadoras para assegurar uma produção sustentável do algodão na fazenda?; d) Quais os desafios e soluções inovadoras para organizar colheita e beneficiamento para produzir uma fibra de qualidade? A primeira etapa ocorreu com um debate dentro do próprio grupo, no qual cada um apontou os desafios e buscou as soluções. A segunda etapa foi de compartilhamento dos resultados com os demais grupos.

Brainstorm

As equipes foram auxiliadas pelo professor Fernando Lamas, juntamente com Paulo de Grande, Liv Severino e o presidente da Agopa, Carlos Alberto Moresco, que atuaram como orientadores do brainstorm que ocorreu em cada grupo.

Ao fim da dinâmica, as principais ideias detectadas foram  sobre antecipar os custos e a previsão de mercado, em um intervalo de tempo maior; definir o que será terceirizado e o que será feito com maquinário e pessoal próprios; antecipar contratos com prestadores de serviços; conhecer melhor os ambientes de cultivo; rotação de princípios ativos e uso preventivo de fungicidas; associar controle químico e biológico; manejo coletivo para combate ao bicudo, maior fiscalização e respeito ao vazio sanitário; oferecer oportunidade e capacitar jovens trabalhadores; além de reconhecer e valorizar o trabalhador.

Para Carlos Alberto Moresco, o importante é levar o conhecimento gerado no workshop para as equipes nas fazendas. “Temos de compartilhar o que construímos no encontro com nossos colegas de trabalho. Não podemos determinar o preço internacional, mas podemos trabalhar para reduzir os custos de produção”, aponta. Para a agrônoma Karen Bianchi, essa troca de informações e experiências cria um contexto em que todos aprendem algo. “É um formato dinâmico e muito produtivo”, ressalta.

Fonte: Agri Press