Faeg defende maior atenção aos silvicultores goianos

Em busca de discutir medidas para alavancar o setor florestal goiano, a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) reuniu nesta quarta-feira (27), os membros da sua Comissão de Silvicultura. Na ocasião, integrou a lista de pautas a atual situação do setor, plantio e mercado, além de apresentar ações que incentivam a atividade no que diz respeito a políticas públicas e a fomentação da produção. Também estiveram presentes na reunião, representantes do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Goiás), de cooperativas e de representantes de entidades ligadas ao setor.

O presidente da Comissão, Walter Rezende, falou sobre a importância de disponibilizar maior atenção aos produtores. “Não temos uma ação voltada para eles, e sim para a cadeia produtiva como um todo. O setor exige uma injeção de ânimo na veia e isso tem que ser feito diretamente no produtor”, pontuou Rezende, que também preside a Câmara Setorial de Florestas Plantadas do ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Comissão Nacional de Silvicultura e Agrossilvicultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

Como já vem falando durante todas as reuniões da Comissão, ele chamou atenção para a importância do conhecimento sobre as verdadeiras demandas da silvicultura, “o que facilitaria a elaboração de um planejamento”, além de destacar o empenho em trazer para o estado duas termelétricas, possibilitando um possível avanço para o setor. “Precisamos fomentar o desenvolvimento da silvicultura em Goiás. Não temo hoje levantamentos de safras e muito menos sabemos o valor exato de hectares plantados aqui”, disse.

No que diz respeito ao levantamento de dados sobre a produção em Goiás, Walter, explicou que com a parceria com o Sebrae e a Faeg será possível identificar quem são os silvicultores, o que eles produzem e para quem vendem seus produtos – um verdadeiro diagnóstico do setor. “A diferença entre o lucro e o prejuízo do silvicultor é muito pequena, a linha é muito tênue, por isso tudo o que ele fizer precisa ter embasamento. Nós vamos oferecer esse embasamento para eles”. A ideia é que, em seguida, alguns produtores recebam assistência técnica. Como eles já irão ter passado por capacitação para produzir e gerir suas propriedades, o ciclo estará completo.

Diagnostico do setor

Buscando identificar e unificar o setor, o Sebrae desde 2015 vem trabalhado com um projeto de diagnóstico da silvicultura em Goiás. O representante de agricultura da entidade, Antônio Toledo, explicou o que já está sendo feito. “Criamos o projeto, seus objetivos e a percepção de mercado. “Para o levantamento de dados do diagnóstico perceberemos como está a silvicultura. O Sebrae já trabalha com seis técnicos para acompanhar de perto os produtores em sua produção”, ressaltou.

Silvicultura no Brasil

De com a CNA, as florestas plantadas no Brasil têm contribuído de forma expressiva no desenvolvimento e crescimento econômico do país. O setor apresentou entre janeiro e novembro de 2015, o saldo acumulado na balança comercial de US$ 5,3 bilhões, segundo a Confederação. No Brasil, as culturas que mais se destacam em termos de área plantada são eucalipto e pinus, responsáveis por mais de 7 milhões de hectares plantados em 2014. Os estados de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Bahia aparecem com as maiores áreas plantadas.

Para o presidente da Comissão, Walter Rezende, os estados são exemplos positivos a serem seguidos. “O plantio das florestas veio depois que conseguiram organizar o mercado consumidor e com isso evitaram uma produção florestal em desuso. O que mais tem por aí é floresta em pé sem saber o que fazer. Essa é uma das grandes dificuldades que se tem na silvicultura em Goiás”, disse.

Por: Nayara Pereira